ENTRE COVID-19 E HIV-AIDS: A EXPRESSÃO "GRUPO DE RISCO" COMO DISPOSITIVO EM PROCESSOS COMUNICACIONAIS DO JORNALISMO CIENTÍFICO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1000/riec.v3i3.166

Resumo

O presente artigo se apropria do conceito de dispositivo e reflete sobre o destaque dado pela imprensa a duasepidemias: Covid-19 e HIV-AIDS. O jornalismo científico participa das relações sociais de poder como dispositivo que designa hábitos e comportamentos, já que a divulgação científica é uma forma de popularizar a ciência e instruir o público em geral. Quando se trata de saúde, percebe-se que epidemias constituem assuntos que ganham ampla cobertura; todavia, a atividade jornalística, enquanto produto social, pode abrir espaço para a distorção da realidade e consolidar significados inadequados sobre determinados grupos sociais. Para fundamentar as análises, matérias de diferentes veículos de comunicação, presentes na internet, foram selecionadas a partir da ferramenta de busca Google e dos descritores "coronavírus" e "grupo de risco". Os resultados indicam a permanência ou repetição do discurso jornalístico como ato que permite ordenar a perpetuação de preconceitos e intolerâncias.

 

Biografia do Autor

Pablo de Oliveira Lopes, Universidade Federal do ABC Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo

Doutorando do Programa de Pós-graduação em Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal do ABC.

 Mestre em Ciências Humanas pela Universidade Santo Amaro (UNISA).

 Professor do Internato em Atenção Básica à Saúde da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. 

 

 

Paulo Fernando de Souza Campos

Doutor em História pela UNESP. Pós-doutor em História da Enfermagem pela Escola de Enfermagem da USP. Professor do Curso de Graduação em História e do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas da Universidade Santo Amaro - UNISA. Líder do Grupo de Pesquisa Ciência, Saúde, Gênero e Sentimento - CISGES/UNISA/CNPq.

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Publicado

2020-12-21

Edição

Seção

Dossiês