A construção e experiência de um evento dialógico sobre saúde mental

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1000/riec.v7i2.482

Resumo

Este trabalho trata de discutir a construção de um evento em alusão ao dia 18 de maio, dia da luta antimanicomial, realizado na cidade de Fortaleza- CE, numa instituição de ensino superior em parceria com atores sociais. O evento foi construído e pensado coletivamente a partir do grupo de estudantes de psicologia e docentes que compõem o grupo de estudos e pesquisa Lamparina. Pela análise das falas, percepções e sentidos produzidos na construção e execução do evento se reflete sobre a relevância de permanecermos alertas diante das tentativas manicomiais de estruturação das perspectivas práticas e formativas para atuação em saúde mental. Pensa-se que projetar espaços em que o protagonismo estudantil esteja em voga para pensar uma saúde mental dialógica, interseccional e participativa se torna uma necessária ação para fomento de uma atuação em saúde mental que dialogue com os princípios da Reforma Psiquiátrica Brasileira e sensibilize os estudantes para mobilização em prol da luta antimanicomial.

Palavras-chave: Saúde mental; Formação em psicologia; Luta antimanicomial; protagonismo estudantil.

Biografia do Autor

Vilkiane Natercia Malherme Barbosa, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Doutora em Psicologia pela Universidade Federal do Ceará

Docente do Centro Universitário Estácio do Ceará

Membra do Grupo de Estudos e Pesquisa em Saúde Mental - Lamparina

Gean Carlos de Sousa Tôrres, Centro Universitário Estácio do Ceará

Graduando em Psicologia pelo Centro Universitário Estácio do Ceará
Membro do Grupo de Estudos e Pesquisa em Saúde Mental - Lamparina

Pedro Yuri da Paz Barbosa, Centro Universitário Estácio do Ceará

Graduando em Psicologia pelo Centro Universitário Estácio do Ceará
Membro do Grupo de Estudos e Pesquisa em Saúde Mental - Lamparina

Beatriz da Mota e Silva, Centro Universitário Estácio do Ceará

Graduanda em Psicologia pelo Centro Universitário Estácio do Ceará
Membra do Grupo de Estudos e Pesquisa em Saúde Mental - Lamparina

Maria Edhuarda Pires Alves, Centro Universitário Estácio do Ceará

Graduanda em Psicologia pelo Centro Universitário Estácio do Ceará
Membra do Grupo de Estudos e Pesquisa em Saúde Mental - Lamparina

Ana Gabriela de Sá Barreto Castro, Centro Universitário Estácio do Ceará

Graduanda em Psicologia pelo Centro Universitário Estácio do Ceará
Membra do Grupo de Estudos e Pesquisa em Saúde Mental - Lamparina

Referências

AMARANTE, Paulo, et al. Loucos pela vida. Rio de Janeiro: Fiocruz, 1995.

AMARANTE, Paulo. O homem e a serpente: outras histórias para a loucura e a psiquiatria. Editora Fiocruz, 1996.

AMARANTE, Paulo.; TORRE, Eduardo Henrique Guimarães. “De volta à cidade, sr. cidadão!”? reforma psiquiátrica e participação social: do isolamento institucional ao movimento antimanicomial. Revista de Administração Pública, v.52, p.1090-1107, 2018.

ARBEX, Daniela. Holocausto brasileiro. Editora Intrinseca, 2019.

BARBIER, René. A pesquisa-ação. In: A pesquisa-ação. p. 157-157, 2007

BARBOSA, V. N. M., et al. Cartografias da sexualidade de mulheres em uma comunidade terapêutica religiosa no interior do Nordeste. Gerais: Revista Interinstitucional de Psicologia v.16, n.3., 2023;

CHIOSSI, Joyce Nonato. O impacto da luta antimanicomial nas novas políticas públicas de saúde mental: uma revisão de literatura. 2023.

FRAYZE-PEREIRA, João A. Nise da Silveira: imagens do inconsciente entre psicologia, arte e política. Estudos avançados, v.17, p.197-208, 2003.

KIYAN, Ana Maria Mezzarana. O gosto do experimento: possibilidades clínicas em Gestalt- Terapia. Brochura ed. 2009.

KHOURY, Yasser Youssif. Memorial sonoro do Hospital Colônia de Barbacena.47 f. Monografia (Graduação em Música) - Instituto de Filosofia, Arte e Cultura, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2023.

LÜCHMANN, Lígia Helena Hahn; RODRIGUES, Jefferson. O movimento antimanicomial no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, p.12, p.399-407, 2007.

MATOS-DE-SOUZA, Rodrigo; MEDRADO, Ana Carolina Cerqueira. Dos corpos como objeto: uma leitura pós-colonial do ‘Holocausto Brasileiro’. Saúde em debate, p.45, p.164-177, 2021

MUNIZ, Khrysantho. 18 de maio–Dia da Luta Antimanicomial Reforma psiquiátrica e luta antimanicomial: não há o que temer. BEPA. Boletim Epidemiológico Paulista, v.19, p.1-6, 2022.

SANTOS, Ycaro Verçosa; Saúde Mental com os povos indígenas. – Manaus: Fiocruz/ ILMD-LAPHSA/UNICEF, 2022. Disponível em: https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/handle/icict/54366/Saude%20Mental%20Indigena.pdf?sequence=2&isAllowed=y. Acesso em: 20 de junho de 2024.

VASCONCELOS, E. M. Abordagens psicossociais: Volume II Reforma Psiquiátrica e Saúde Mental na ótica da cultura e das lutas populares. Editora Hucitec. São Paulo: 2008.

VASCONCELOS. E. M. Abordagens psicossociais: Volume I história, teoria e trabalho no campo. 2 ed. São Paulo: Editora Hucitec, 2009.

Downloads

Publicado

2024-06-29

Edição

Seção

Relatos de Experiência