O CORPO FEMININO NAS ESCOLAS CONFESSIONAIS: A LINGUAGEM NÃO VERBAL DAS FARDAS DO COLÉGIO IMACULADA CONCEIÇÃO NA DÉCADA DE 1950
DOI:
https://doi.org/10.1000/riec.v1i2.34Resumo
O presente artigo tem por objetivo analisar a linguagem não verbal, assim como as informações implícitas, da farda do Colégio da Imaculada Conceição, na década de 1950. O CIC, como é conhecido o colégio, surgiu em 1865 e foi fundado pelas Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo. Dentro desse contexto de escola confessional, a farda funcionava como uma representação da moral e boa educação. Logo, é também intuito deste trabalho verificar como é possível, por meio do fardamento das alunas, perceber questões ligadas à religião, sexualidade e a outros aspectos do feminino, que abordam o corpo. No CIC, as fardas das estudantes, bem como outros aspectos relacionados ao corpo - como o corte de cabelo e a falta de acessórios, por exemplo - eram espécies de símbolos, que representavam a ideologia, crença, mentalidade, imaginário, maneira de educar e os valores do colégio, por isso a importância de uma análise comportamental por meio do vestuário das estudantes.
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