EDUCAÇÃO, DIREITO E CINEMA SOB O FOCO DA CRIMINOLOGIA DA ARTE: UMA PROPOSTA INTERDISCIPLINAR DE ANÁLISE DO FILME "O EXORCISMO DE EMILY ROSE"

Resumo

O presente ensaio se propõe a realizar uma análise crítica do caso Anneliese Michel, mais conhecido como "Caso Klingenberg am Main" que foi divulgado em meados do ano de 1974 na pequena cidade de Klingenberg/ Alemanha e que cuminou com a morte da jovem de 23 anos em julho de 1976. A pergunta problema que move o presente artigo está em se refletir se tais práticas, patolgicamente evidenciadas por laudo médico, podem servir ou não de objeto e, respectivamente, de provas jurídicas e acatadas em situações de Tribunal do Jurí. A relevância do estudo está no questionamento, se e como a prova sobrenatural, vem ou poderia vir a ser tratada pela normatização processual penal brasileira, ou seja, se a prova sobrenatural encontraria fundamento doutrinário, legal ou jurisprudencial para ser tratada utilizada pelos tribunais do júri no Brasil. Em relação a metodologia salienta-se que esta encontra fundamento no tipo de pesquisa de abordagem qualitativa, com o uso do método de estudo de caso e com o procedimento analítico de caráter exploratório, o qual consistiu na coleta de materiais bibliográficos, documentais e revisão de literatura de pesquisadores - tais como, Petra Ney-Hellmuth (2014), Jose Fortea e Lawrence Lablanc (2012), Felicitas Goodman (2006), Uwe Wollf (2006; 1999), Sepp Maderegger (1983), Kaspar Bullinger (1983) entre outros. Os achados do ensaio permitem ressaltar que é possivel e necessário promover a interdisciplinaridade entre o Cinema e o Direito, uma vez que o Ensino Jurídico precisa adaptar-se as transformações sociais nas diferentes searas da Educação e a Arte é um dos caminhos que podem agregar valores e fomentar a capacidade crítica e as habilidades subjetivas de cidadãos para interagirem um uma sociedade cada vez mais especializada e globalizada.