A PERCEPÇÃO DO ENFERMEIRO NO TRATAMENTO DIRETAMENTE OBSERVADO DA TUBERCULOSE
DOI:
https://doi.org/10.1000/riec.v2i3.88Resumo
O tratamento Diretamente Observado é a principal estratégia para o monitoramento e apoio no tratamento da Tuberculose, pois atua na melhoria da adesão, satisfação dos pacientes e diminuição dos desfechos desfavoráveis. Nesse sentido, o trabalho buscou responder o seguinte questionamento: como se dá a percepção do enfermeiro na Atenção Básica a respeito do Tratamento Diretamente Observado da Tuberculose? Assim, objetiva-se analisar a percepção do enfermeiro no tratamento diretamente observado da Tuberculose na Atenção Básica. Trata-se de um estudo descritivo, de abordagem qualitativa, com a participação de nove enfermeiros. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas, entre março a junho de 2019. Os dados foram categorizados por meio da análise de conteúdo temático de Bardin. O estudo foi autorizado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário Doutor Leão Sampaio conforme Parecer Consubstanciado N° 3.187.386. Nos resultados emergiram cinco categorias que abrangem a percepção do enfermeiro sobre o Tratamento Diretamente Observado da Tuberculose, a saber: conhecimento sobre a estratégia, elementos presentes na assistência, potencialidades, dificuldades da estratégia e ações para melhoras a assistência. Diante disso, evidencia-se a possibilidade de implementar ações que visem a melhoria dessa estratégia, ao considerar a sua potencialidade em aumentar a adesão ao tratamento e melhoria da qualidade de vida dos pacientes. Ademais, aponta-se a necessidade da desmistificação do adoecimento por Tuberculose por meio de ações que envolvam a participação dos pacientes, profissionais e gestão.
Â
Palavras- chave: Tratamento Diretamente Observado. Enfermagem. Percepções.
Referências
BARDIN L. Análise de conteúdo. 4. ed. Lisboa: Edições70, 2010.
BERALDO, A. A. et al. Adesão ao tratamento da tuberculose na Atenção Básica: percepção de doentes e profissionais em município de grande porte. Esc Anna Nery, Rio de Janeiro, v. 21, n. 4, p. 1-8, 2017. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ean/v21n4/pt_1414-8145-ean-2177-9465-EAN-2017-0075.pdf>. Acesso em: 01 set. 2019.
BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de recomendações para o controle da Tuberculose no Brasil. Brasília, DF, 2019. 2 ed, 366 p.
BRUNELLO, M. E. F. et al. Atuação da enfermagem na atenção a uma condição crônica (tuberculose): análise de fontes secundárias. Rev Gaúcha Enferm, Rio Grande do Sul, v. 36, n. esp, p. 62-69, 2015. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rgenf/v36nspe/0102-6933-rgenf-36-spe-0062.pdf>. Acesso em: 04 set. 2019.
COELHO, A. A. et al. A efetividade do Tratamento Diretamente Observado na adesão ao tratamento da Tuberculose. Revist Port Saúde e Sociedade, Alagoas, v. 3, n. 1, p. 666-679, 2018. Disponível em: <http://www.seer.ufal.br/index.php/nuspfamed/article/view/4352/3714>. Acesso em: 01 set. 2019.
FURLAN, M. C. R.; MARCON, S. S. Avaliação do Acesso ao tratamento de tuberculose sob a perspectiva de usuários. Cad Saúde Colet, Rio de Janeiro, v. 25, n. 3, p. 339-347, 2017. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/cadsc/v25n3/1414-462X-cadsc-1414-462X201700030139.pdf>. Acesso em: 01 set. 2019.
MARIANO, M. R. et al. A equipe multiprofissional e sua qualificação junto à assistência ao paciente com tuberculose. R interd, Piauí, v. 8, n. 4, p. 11-18, 2015. Disponível em: < https://revistainterdisciplinar.uninovafapi.edu.br/index.php/revinter/article/view/516/pdf_257>. Acesso em: 01 set. 2019.
MORAES S. M. F.; MENEZES J. B. F. Tratamento diretamente observado da tuberculose: percepção de profissionais de saúde. 2018. Revista Eletrônica da FAINOR, Vitória da Coquista, v. 11, n.3, p. 699-714, 2018. Disponível em: < http://srv02.fainor.com.br/revista/index.php/memorias/article/viewFile/789/438>. Acesso em: 01 set. 2019.
PARIDA A. et al. Comparison of Directly Observed Treatment Short Course (DOTS) with Self-Administered Therapy in Pulmonary Tuberculosis in Udupi District of Southern India. J Clin Diagn Res, Índia, v. 8, n.8, p.29-31, 2014. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25302217>. Acesso em: 01 set. 2019.
ROCHA, G. S. S. et al. Conhecimento dos agentes comunitários de saúde sobre a tuberculose, suas medidas de controle e tratamento diretamente observado. Cad Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 31, n. 7, p. 1483-1496. Disponível em: <https://www.scielosp.org/pdf/csp/2015.v31n7/1483-1496/pt>. Acesso em: 01 set. 2019.
RUSSONI, B.; TRINDADE, A. A. M. E. Estratégia de Tratamento Diretamente Observado (DOTS) para Tuberculose no Brasil: um estudo qualitativo. Rev Saúde Col, Feira de Santana, v. 9, p. 70-78, p. 2019. Disponível em: <http://periodicos.uefs.br/index.php/saudecoletiva/article/view/4060/3804>. Acesso em: 01 set. 2019.
RÊGO, C. C. D. et al. Processo de trabalho da enfermeira junto à pessoa com tuberculose na Atenção Primária à Saúde. Revista Baiana de Enfermagem, Salvador, v. 29, n. 3, p. 218-228, 2015. Disponível em: <https://portalseer.ufba.br/index.php/enfermagem/article/view/13038/pdf_5>. Acesso em: 01 set. 2019.
SOUZA, A. C. S.; SILVA, M. L. S. J.; MIRANDA, L. N. Dificuldades na adesão do plano de tratamento pelo paciente com Tuberculose. Ciências Biológicas e de Saúde Unit, Alagoas, v. 4, n. 2, p. 297-312, 2017. Disponível em: <https://periodicos.set.edu.br/index.php/fitsbiosaude/article/view/4560/2623>. Acesso em: 01 set. 2019.
SOUSA, L. O. et al. Terapia de curta duração da tuberculose: uma análise discursiva. Rev Bras Enferm, Brasília, v. 69, n. 6, p. 1154-1163, 2016. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/reben/v69n6/0034-7167-reben-69-06-1154.pdf>. Acesso em: 01 set. 2019.
SHUHAMA, B. V. et al. Avaliação do tratamento diretamente observado da Tuberculose segundo dimensões da transferência de políticas. Rev esc enferm USP, São Paulo, v. 51, n. esp, p. 1-7, 2017. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v51/0080-6234-reeusp-S1980-220X2016050703275.pdf>. Acesso em: 01 set. 2019.
TEMOTEO, R. C. A. et al. Enfermagem na adesão ao tratamento da tuberculose e tecnologias em saúde no contexto da atenção primária. Esc Anna Nery, Rio de Janeiro, v. 23, n. 3, p. 1-6, 2019. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/ean/v23n3/pt_1414-8145-ean-23-03-e20180321.pdf>. Acesso em: 01 set. 2019.
TIAN, J.H. et al. Effectiveness of directley observed treatment of tuberculosis: a systematic review of a controlled studies. Int J Tuberc Lung Dis, v. 18, n. 9, p. 1092-1098, 014. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25189558>. Acesso em: 01 set. 2019.
World Health Organization. Global tuberculosis report 2018 [Internet]. End TB.Geneva: WHO; 2018.
