CURRÍCULO OCULTO E O SILENCIAMENTO DE PARADIGMAS NÃO OCIDENTAIS NO ENSINO JURÍDICO: UMA ANÁLISE A PARTIR DA REVOLUÇÃO HAITIANA
DOI:
https://doi.org/10.1000/riec.v6i3.355Resumo
Este artigo tem por objetivo investigar a dominação colonial nas Américas, analisar a importância o currículo oculto e sobretudo, os silenciamentos de paradigmas não ocidentais no ensino jurídico. De igual modo, compreender por que razões a revolução haitiana sofreu irredutível invisibilidade para as fontes preceptoras do ensino jurídico. Assente a este cenário, a base norteadora do trabalho foi a revolução haitiana, posto que susta pertinente contribuição histórica e jurídica diante do enfretamento dos ideais de dominação europeia. Destarte, as estruturas do colonialismo podem e devem ser combatidas por meio de uma educação antirracista e intercultural, através da abordagem e problematizações da invisibilidade de paradigmas não ocidentais, seja na formação docente ou discente no ensino superior, sobretudo atendendo a metodologias de ensino que possam ser capazes de despertar o olhar heterogêneo e diversificado, respondendo as expectativas e demandas do cotidiano. Isso significa que, o ensino jurídico consagra-se como uma ferramenta para o despertar da decolonialidade, sendo capaz de promover uma educação íntegra, enredada a potencializar a formação profissional dos operadores do direito, de modo a construir uma sociedade mais justa, fomentadas na representatividade normativa e social dos povos negros no ordenamento jurídico.
Palavras-Chave: Currículo Oculto. Silenciamento. Paradigmas Não Ocidentais. Ensino Jurídico. Revolução Haitiana.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.