Realização do exame Papanicolau no Estado de São Paulo

uma revisão bibliográfica

Abstract

Dados recentes apontam que o câncer do colo uterino é o quarto tipo de câncer que mais acomete as mulheres, sendo o causador de 311.000 mortes por ano no mundo, sendo mais de 85% deles em países de baixa e média renda. O Exame de Papanicolau é a técnica mais consagrada para a profilaxia do câncer de colo uterino, visto que detecta alterações em fases precursoras e iniciais da doença. O exame precisa ser realizado anualmente e após dois resultados negativos, pode-se fazê-lo a cada três anos. Diante desse cenário, o objetivo do presente estudo foi revisar a literatura no que diz respeito ao histórico do exame Papanicolau no Brasil e aos dados epidemiológicos no país, bem como discorrer sobre a realização e os achados clínicos do Exame de Papanicolau no Estado de São Paulo, correlacionando os dados obtidos com a etnia, a escolaridade e fatores socioeconômicos e culturais. O estudo foi realizado através de revisão bibliográfica de artigos, dissertações e tese publicados no Google Acadêmico. A partir da análise dos oito trabalhos comparados, conclui-se que dois deles apresentaram taxas de rastreamento do colo de útero adequados; mulheres com mais anos de estudo, empregadas, com renda própria acima de um salário-mínimo, apresentaram maior prevalência quanto à realização do exame e, dos trabalhos que citaram alterações no exame Papanicolau, todos tiveram casos de câncer de colo uterino.