A construção e experiência de um evento dialógico sobre saúde mental
DOI:
https://doi.org/10.1000/riec.v7i2.482Resumo
Este trabalho trata de discutir a construção de um evento em alusão ao dia 18 de maio, dia da luta antimanicomial, realizado na cidade de Fortaleza- CE, numa instituição de ensino superior em parceria com atores sociais. O evento foi construído e pensado coletivamente a partir do grupo de estudantes de psicologia e docentes que compõem o grupo de estudos e pesquisa Lamparina. Pela análise das falas, percepções e sentidos produzidos na construção e execução do evento se reflete sobre a relevância de permanecermos alertas diante das tentativas manicomiais de estruturação das perspectivas práticas e formativas para atuação em saúde mental. Pensa-se que projetar espaços em que o protagonismo estudantil esteja em voga para pensar uma saúde mental dialógica, interseccional e participativa se torna uma necessária ação para fomento de uma atuação em saúde mental que dialogue com os princípios da Reforma Psiquiátrica Brasileira e sensibilize os estudantes para mobilização em prol da luta antimanicomial.
Palavras-chave: Saúde mental; Formação em psicologia; Luta antimanicomial; protagonismo estudantil.
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